Apoio Técnico ao programa de ciência, tecnologia e inovação do BID no Brasil Consultor

Posto de serviço: Brasil

O Grupo BID é uma comunidade de pessoas diversificadas, versáteis e apaixonadas que se unem em uma jornada para melhorar a vida das pessoas na América Latina e no Caribe. Nossos funcionários encontram um propósito e fazem o que amam em um ambiente inclusivo, colaborativo, ágil e gratificante.

Sobre esta posição:,

Estamos procurando um professional proativo com experiencia nas políticas públicas ou programas relacionados com ciência, tecnologia e inovação, competitividade, empreendedorismo, e/ou apoio ao desenvolvimento produtivo. Como consultor de apoio técnico, você irá realizar uma série de atividades em apoio à agenda de trabalho do BID na área de CTI. Você trabalhará em conjunto com a Divisão de Competividade, Tecnologia e Inovação do BID, parte do departamento de Instituições para o Desenvolvimento. Esta equipe é responsável por oferece financiamento, assistência técnica e produtos de conhecimento para apoiar seus clientes nas áreas de ação prioritárias. Os programas incorporam temas como formação de capital humano altamente qualificado em ciência, tecnologia e inovação, o fortalecimento da infraestrutura cientifica e tecnológica, o desenho de políticas públicas de fomento a inovação e o fortalecimento das agências e ministérios encarregados de executar as políticas de inovação. Com vistas a reforçar a competitividade mediante a inovação empresarial, faz-se necessário analisar o conhecimento das economias como uma condição necessária para o êxito em um contexto de grandes transformações tecnológicas em curso.

 Apoiar a inovação não é um luxo das economias avançadas, mas sim uma das principais razões pelas quais esses países são mais prósperos. No caso dos países emergentes, a inovação tem sido um dos principais componentes de seu desenvolvimento acelerado. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio de sua Divisão de Competitividade, Tecnologia e Inovação, fornece financiamento, assistência técnica e produtos de conhecimento para apoiar os governos em áreas de ação chave.

 Os programas do BID nessas áreas incorporam temas comuns, como treinamento em ciência, tecnologia e inovação para capital humano avançado; fortalecimento da infraestrutura científica e tecnológica; elaboração de políticas públicas para promover a inovação; e fortalecimento da capacidade institucional das agências e ministérios responsáveis pela implementação dessas políticas.

 Os desafios na ciência, tecnologia e inovação no Brasil. Após uma década e meia de robusto crescimento econômico, com um crescimento do PIB de quase 4% ao ano entre 2000 e 2014, a economia brasileira entrou em uma profunda recessão entre 2014 e 2016, seguida por uma recuperação fraca entre 2017 e 2019, durante a qual a economia cresceu apenas 1,4%. Entre 2001 e 2013, a produtividade do trabalho no país cresceu em média 1,5%, superando os níveis de crescimento da produtividade nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) durante o mesmo período (1,2%). No entanto, após a recessão de 2014-2016, um período durante o qual a produtividade do trabalho diminuiu, e a subsequente recuperação fraca em 2017-2019, os níveis de produtividade do trabalho no país ficaram em aproximadamente 25% dos níveis de produtividade do trabalho nos Estados Unidos e ficaram para trás de pares regionais como Chile, México e Argentina. A inovação é um fator chave no crescimento da produtividade (OCDE, 2010), atuando como o principal determinante na melhoria das formas de combinar capital e trabalho e, ao fazer isso, melhorando a produção associada a um determinado conjunto de insumos no longo prazo (BID, 2017). Cerca de metade da disparidade nas taxas de crescimento e níveis de renda entre países deve-se a diferenças na produtividade total dos fatores (Hall e Jones, 1999) e P&D+I, e quando as externalidades são consideradas, elas podem representar até 75% nas disparidades na taxa de crescimento da produtividade (Griliches, 1979).

Nas últimas décadas, o Brasil conseguiu consolidar um conjunto de políticas públicas de apoio ao seu sistema nacional de inovação, permitindo-lhe construir áreas de excelência no processo. As capacidades científicas, tecnológicas, de inovação e produtivas acumuladas por dois de seus laboratórios de pesquisa públicos, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan, por exemplo, permitiram ao país produzir localmente vacinas contra a COVID-19, em parceria com AstraZeneca e Sinovac, aumentando o número de doses de vacinas contra a COVID-19 e promovendo o acesso a campanhas de vacinação em larga escala em resposta à pandemia. E, além disso, o financiamento de startups com capital de risco no país cresceu quase exponencialmente na última década, de US$ 0,1 bilhão em 2011 para US$ 3,5 bilhões em 2020, e durante o primeiro semestre de 2021, já foram arrecadados US$ 5,2 bilhões.  No entanto, essas conquistas não foram suficientes para compensar a posição decrescente do país em rankings internacionais relacionados à inovação. No Índice Global de Inovação (GII), a classificação do Brasil caiu de 47º entre 131 economias em 2011 para 49º entre 132 economias em 2023. As principais fraquezas identificadas no Índice Global de Inovação (GII) incluíram: indicadores relacionados a instituições, e particularmente aqueles envolvidos com políticas para fazer negócios; infraestrutura; e qualidade do capital humano e pesquisa. Embora o nível de investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) como proporção do PIB no Brasil supere o de todos os outros países da região da América Latina e Caribe (LAC), ainda fica significativamente atrás dos níveis alcançados em países desenvolvidos (1,14% em 2020, menos da metade da média de 2,74% que os países da OCDE gastaram no mesmo ano). Além disso, o gasto público em P&D no Brasil tem diminuído constantemente de 0,73% do PIB em 2015 para 0,59% em 2019. O investimento privado em P&D como percentagem do PIB também diminuiu ligeiramente de 0,64% para 0,63% do PIB entre 2015 e 2019.

 A Divisão de CTI do Banco está ativa no Brasil por meio de um portfólio que inclui empréstimos, cooperações técnicas e produtos de conhecimento. Espera-se que este portfólio cresça à medida que novos projetos devem entrar na linha de crédito de 2025 no início de 2024, o que demandará da divisão avançar adequadamente na preparação desses projetos durante 2024 para garantir sua aprovação no primeiro semestre de 2025. Essas atividades também ocorrerão à medida que esforços são feitos para garantir avanços nas cooperações técnicas recentemente aprovadas, e no desenvolvimento de uma agenda mais robusta de estudos e produtos de conhecimento relacionados à competitividade, tecnologia e inovação no país. Nesse sentido, as demandas crescentes para a divisão no país exigem a contratação de um(a) consultor(a) para apoiar nas atividades que seguem nesse Termo de Referência.

O que você fará: O objetivo geral desta consultoria é apoiar a Divisão CTI na preparação, coordenação, condução e disseminação de projetos na área de inovação, adoção de tecnologia e produtividade, bem como apoiar a agenda de pesquisa. Os objetivos específicos da consultoria são: (i) Fornecer suporte de assessoria técnica ao Especialista de CTI na execução de projetos em andamento em portfólio, bem como em projetos de pesquisa; (ii) Participar na geração de produtos de conhecimento e auxiliar na sua disseminação; (iii) Auxiliar na preparação e no design de novas operações de empréstimos com garantia soberana (OPS) e/ou Cooperação Técnica (CT).